Os Anjos
( filosofia motocilista)
– Os Anjos têm um código de honra silencioso, quase secreto, que nunca precisou ser escrito, mas quem faz parte dele já nasce sabendo. Este código reza não deixar um irmão na estrada, não conhece o valor do dinheiro e ensina que todo motociclista merece respeito independente da marca ou cilindradada de sua mota. –
( antonio casteleiro )
Irmandade
Irmandade: se procurarmos no dicionário vamos encontrar:
1.Confraternidade, Intimidade – 2. Associação, Confraria, Liga.
Digo sempre que o motociclismo é uma grande irmandade, e neste caso, esta palavra vem tomando uma outra conotação, mais abrangente, mais forte.
Irmandade, quando falamos de motociclismo, transcende o significado de associação ou liga. não precisa haver nenhuma intimidade para que dois motociclistas que nunca se viram antes, se encontrem numa estrada e se ajudem mutuamente ou simplesmente conversem sobre suas máquinas, trocando informações, experiências, conselhos e depois talvez nunca mais se encontrando de novo, isto é ser motociclista.
Irmandade vem de irmãos, neste caso, não de sangue, mas de gasolina, de asfalto, de graxa, de couro, de estrada. todos de diversas partes do país e do mundo, falando de voltas diferentes, línguas diferentes e de culturas diferentes mas com uma paixão em comum, que é sentir o vento no rosto e o asfalto ou a terra passando por baixo, e sabendo exactamente o que quer dizer liberdade, o mais antigo anseio do homem.
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Solidariedade humana
Vivemos hoje uma era de banalização da violência. Saímos de casa como possivel vítima e retornamos como sobrevivente e em alguns casos como herói, por termos nos safado de situações difíceis. Sabemos que os factores primordiais que geram a violência são o desemprego e a ridícula distribuição de riqueza.
O dinheiro é manipulado por uma pequena parcela da população que prefere, em grande parte, especular no mercado financeiro, em vez de aplicar no processo produtivo , ao contrario de países como a China, que está em grande desenvolvimento económico , pela mobilização de capitais internos em investimentos para a sua economia.
Nesta era moderna, de incentivo ao consumismo, da globalização, de fome, de desemprego, onde poucos têm voz activa, pode haver um factor relevante que poderia ajudar no combate á violência e que está ao alcance de qualquer cidadão, é a solidariedade humana.
Hoje, ao contrário de um passado de algumas décadas, a solidariedade humana passou a estar cada vez mais distante do ser humano, agora mais habituado e até treinado a viver como uma ilha disputando todos as vantagens e espaços com os outros cidadãos e portanto seres humanos. Vemos o nosso semelhante como um inimigo e não como nosso irmão.